OCTANT DOURO

EXPERIÊNCIAS INESQUECÍVEIS COM PAISAGENS DESLUMBRANTES

A Octant Hotels, marca com um serviço e qualidade transversal, embora cada uma das suas localizações tenham as suas particularidades, é atualmente constituída por oito hotéis em Portugal Continental e nos Açores: Douro, Lousã, Évora, Santiago do Cacém, Praia Verde e Vila Monte, no Algarve, Furnas e Ponta Delgada. O nome Octant, que se pretende «palavra fácil de pronunciar, reconhecer e memorizar», remete para a época dos Descobrimentos, na medida em que um octante era uma ferramenta de navegação.

   

LIGAÇÃO À NATUREZA E À SUSTENTABILIDADE

O Octant Douro, cujo símbolo é a carqueja, localiza-se na antiga Quinta das Fontainhas, muito próximo de duas Aldeias de Xisto: Midões e Gondarém. O edifício principal já existia como hotel desde 2012, com obras de renovações em 2015 ainda sob o nome Douro 41 & SPA. Em 2022 renasce como Octant Douro. A construção do hotel replica os socalcos do Douro vinhateiro, para que «os nove andares do hotel não sejam bem percetíveis, mas que se encontrem, sim, bem disfarçados na natureza», afirma Lourenço Guimarães, Guest Relations Manager.

 

Para além dos 61 quartos atuais, está um projeto a decorrer para a construção de 20 vilas, que se esperam estar prontas no próximo ano: T1, T2 e algumas delas terão piscinas privadas. Outro aspeto interessante foi a solução encontrada para o acesso aos vários andares: um funicular, que se move na diagonal, sobre carris, sendo puxado por cabos.

Do restaurante Raiva, localizado no segundo andar do hotel, destacam-se um pequeno-almoço saudável, uma francesinha de cabrito e dois menus de degustação, um dos quais vegetariano. O chef Dárcio Henriques trabalha no sentido de procurar produtores próximos e promover a agricultura local. De acordo com o Guest Relations, «nós pegamos aqui nos ingredientes que são típicos da região, o cabrito, ou a manteiga fumada com carqueja, por exemplo, e tentamos dar o nosso toque».

Em relação às experiências disponíveis para os hóspedes, muitas são atividades ligadas ao rio Douro, como passeios de barco com a duração de uma ou duas horas. «Temos a nossa própria marina, e três barcos disponíveis», um dos quais um barco Rabelo [Octant I], que estava, basicamente, em ruínas, e o nosso skipper fez a sua renovação total», refere Lourenço Guimarães. Nos passeios de uma hora, os barcos vão até à Praia da Lomba e regressam. No passeio de duas horas, vão na direção oposta e acabam por passar por uma pequena ilha, a Ilha dos Amores, onde «muitas vezes até organizamos piqueniques, os clientes, durante essas duas horas, podem nadar lá à volta, ou ficar na Praia do Castelo, uma praia fluvial mesmo em frente à ilha». Por outro lado, existem alguns trilhos para caminhadas ou passeios de bicicleta, inseridos na natureza. O mais conhecido é o percurso Viver o Douro, previsto pela Câmara Municipal de Castelo de Paiva, num «projeto de que se esperava que fossem pelo menos 2,5 km em passadiços, mas neste momento existem apenas cerca de 100 m». O percurso vai de Pedorido até à aldeia de Gondarém, num total de cerca de 13 km, «um trilho que nós aqui recomendamos muito, pois é muito bonito», garante o gerente.

   

LIGAÇÃO AO BEM-ESTAR E AO WELLNESS

No SPA, «tentamos sempre trabalhar muito na base daquilo que o cliente decide e esforçamo-nos para que os nossos terapeutas consigam dar resposta a essas questões que os clientes muitas vezes nos apresentam», declara Márcia Silva.

Neste espaço, encontramos uma sala do jacuzzi, banheira de hidromassagem para tratamentos especiais que duram no máximo 30 minutos, e «com uma vista deslumbrante para o Douro e uma perspetiva da Serra da Boneca». Todos os outros serviços que aqui se encontram também beneficiam da mesma paisagem, através das amplas janelas: a piscina, apenas de relaxamento, aquecida a cerca de 30 graus, a sauna, o banho turco, a fonte de gelo e os duches sensoriais, de experiências de som e de temperatura. E após as massagens e os tratamentos, os hóspedes podem lanchar no exterior, numa zona privada.

Para além da prática de pilates e yoga nidra para grupos, disponibilizam-se no SPA programas de bem-estar de três e sete dias e a grande novidade este ano são os programas trimestrais temáticos, com visiting practitioners convidados, ou seja, especialistas em diferentes práticas de bem-estar. Neste primeiro trimestre, o foco das terapias holísticas foi a acupuntura, a osteopatia e o TRE — Tension and Trauma Releasing Exercises, em português, Exercícios de Libertação de Tensão e Trauma —, com Virginie Freire.

A terapeuta, formada inicialmente em Medicina Dentária e mais tarde em Medicina Tradicional Chinesa, explicou à Saúde Actual os fundamentos do TRE, um método relativamente recente, desenvolvido por um psicoterapeuta norte-americano, chamado Dr. David Barcelli. Especializado em trauma e em resolução de conflitos, «trabalhou muitos anos em zonas de guerra, em missões humanitárias, não só com soldados, mas também com civis. Foi percebendo que a psicoterapia, recorrendo apenas à abordagem cognitiva, não era o suficiente, e desenvolveu um método baseado nas neurociências, que envolve o corpo. Como o trauma, no fundo, é uma desregulação do sistema nervoso, que foi causada por uma experiência, trabalhando com o corpo, nós conseguimos regular o sistema nervoso e libertar-nos de uma resposta traumática à realidade, no fundo».

O Dr. Barcelli transpôs então este método para a população em geral, trabalhando muito com o stress, ansiedade, depressão, insónias, tudo o que se relaciona com a desregulação do sistema nervoso. Relacionando a parte cognitiva com a parte somática, a técnica consiste em autoinduzir, «portanto eu não vou intervir a não ser guiar a pessoa», garante Virginie Freire. «Nós ativamos certos grupos musculares através de uns exercícios, uns alongamentos básicos. Depois a pessoa deita-se de forma específica, eu oriento um bocadinho a posição em que a pessoa se deve deitar, e o corpo começa a tremer. Em vez de fazer o que nós fazemos regularmente, que é reprimir o tremor, porque é algo de que nós não gostamos, aqui vamos permitir de uma forma segura, guiada, que a pessoa se sinta confortável, para deixar o corpo libertar a tensão através do tremor». Essa libertação não é apenas mecânica, mas também fisiológica a nível neuroquímico: a adrenalina e todos os neurotransmissores responsáveis pela resposta de stress baixam e a pessoa começa a autorregular. Tendo em conta que a capacidade que temos de relaxar e de regenerar depende muito do nervo vago, o tremor induzido com esta técnica, que normalmente se inicia na zona pélvica, vai estimular este nervo, que, por sua vez, transmite ao cérebro a mensagem de que nos encontramos em segurança e que podemos ativar os mecanismos de reparação, de regeneração, de descanso e de digestão. Esta é uma técnica segura, que não tem efeitos secundários e que não implica alteração do estado de consciência. E a prática pode fazer-se em casa, «a pessoa leva próprio método, que depois pode utilizar para si mesmo».

Para o programa de bem-estar trimestral do segundo semestre do ano, entre abril e junho, está prevista a colaboração com uma terapeuta Ayurveda, com massagens Shirodhara, Abhyanga, Padabhyanga, e mais tarde com especialistas em massagem tailandesa, yoga, acupuntura e terapia do som com taças tibetanas.

Isto porque, «no fundo, é esse o nosso objetivo todos os dias: receber clientes, reconhecê-los, fazer com que sintam vontade de voltar. E, se não voltarem, que saiam daqui com memórias inesquecíveis», garante Lourenço Guimarães. |

octanthotels.com

CONTACTOS:
Morada: EN 222, Km 41, Vista Alegre 4550-631, Raiva Castelo de Paiva

Telefone principal: +351 255 690 160
Reservas individuais: +351 255 690 170  | Reservas de grupos e eventos: +351 255 690 171

Email geral: info-douro@octanthotels.com  | Reservas: reservations-douro@octanthotels.com

 

 

Por Ana Filipa Pires e Luís Filipe Freitas