O trio vencedor para passar bem o inverno
Baixam as temperaturas e chega a altura de adaptar a nossa dieta ao frio, incluindo no nosso menu semanal ingredientes da temporada que nos ajudem a prevenir gripes e constipações. É tempo para as especiarias antioxidantes, as sopas remineralizantes e a verdura de inverno por excelência, a alcachofra.
Proteger o corpo do frio é primordial nesta época do ano, para evitar constipações e combater vírus e bactérias. Boas aliadas para o conseguir são as bebidas quentes, utilizadas desde sempre pelo seu rápido efeito tonificante, daí que o consumo de caldos e sopas seja o mais adequado no inverno. Esta é a primeira proposta para os meses de novembro e dezembro: redescobrir as virtudes das sopas como pratos saudáveis, ricos em minerais e em vitaminas do grupo B, hidratantes e muito económicos.
Outra proposta é enriquecer os menus de inverno com especiarias antioxidantes, que protegerão a saúde e o sistema imunitário. Entre elas, destacamos:
CURCUMA Antioxidante
É uma planta de folhas grandes e rizoma volumoso, que é a parte utilizada.
É originária da ilha de Java, embora se desenvolva bem em muitos países tropicais.
A curcuma é um dos ingredientes mais notáveis do caril, um molho picante que contém também outras especiarias (pimenta, gengibre, cravinho, etc.).
O rizoma da curcuma contém um óleo essencial, um princípio amargo, ácidos orgânicos e amido, entre outros, mas valoriza-se sobretudo pelo seu teor em curcumina, um potente polifenol com efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios do qual se comprovou a ação anticancerígena e o seu importante papel como eficaz neuroprotetor. A nível digestivo, é um tónico estomacal, colagogo e carminativo.
Pode utilizar-se em qualquer tipo de guisado ou sopa e acrescentar aos batidos ou sumos do pequeno-almoço, misturado com pólen e levedura de cerveja.
ALCACHOFRA A Flor da Verduras
Quando consumimos alcachofras, devemos recordar que estamos a comer as flores de uma planta muito saudável!
Consumir produtos que a natureza em nosso redor nos oferece em grandes quantidades deveria ser uma das normas básicas da nossa alimentação, e nesta altura de maior frio não pode faltar na nossa dieta a flor das verduras: a alcachofra.
Na antiguidade, os egípcios e os gregos já conheciam a alcachofra, mas a variedade que consumiam era de origem silvestre, muito parecida ao cardo.
A planta da alcachofra é uma planta herbácea da família das compostas, e a alcachofra é uma inflorescência (conjunto de flores pequenas unidas por um pedúnculo comum), a sua parte comestível é o coração e as pétalas ternas da flor.
Trata-se de um alimento pobre em gordura, e algo mais rico em hidratos de carbono e proteínas. O que mais se destaca da sua composição é a presença de diversas substâncias, que se encontram em pequenas quantidades, mas das quais cada vez se conhecem mais os efeitos saudáveis no organismo, sendo motivo de importantes e modernos estudos científicos.
Cinarina: atua sobre os hepatócitos (células do fígado), estimulando a produção de bílis.
Cinarósido: um flavonoide de ação anti-inflamatória.
Cinaropicrina: substância aromática responsável pelo sabor amargo.
Ácido clorogénico: composto fenólico de grande poder antioxidante.
Ácidos orgânicos (málico, láctico, cítrico): potenciam a ação da cinarina e do cinarósido.
Esteróis (betasitosterol e estigmasterol): têm o efeito de limitar a absorção do colesterol.
As propriedades medicinais da alcachofra devem-se à ação sinérgica dos seus componentes, por isso é considerada um nutracêutico (alimento-medicamento).
Os talos, as folhas e a raiz contêm os princípios ativos mais concentrados, embora se utilizem mais no campo da fitoterapia na forma de cápsulas, extratos, xaropes, etc. Entre as suas propriedades, destacam-se:
Ser um excelente desintoxicante do fígado, já que ajuda a eliminar as substâncias tóxicas que ali se acumulam.
A sua ação colagoga (facilita o esvaziamento da vesícula biliar), resultando excelentemente em casos de dispepsia biliar.
O seu conteúdo em inulina, o que torna recomendável o seu consumo por diabéticos.
Por outro lado, devido à oxidação dos seus sais minerais com o ar, é fácil ficarem negras. Para o evitar, regue-as com sumo de limão ou introduza-as em água com salsa picada.
A sua ação colagoga (facilita o esvaziamento da vesícula biliar), resultando excelentemente em casos de dispepsia biliar.
O seu conteúdo em inulina, o que torna recomendável o seu consumo por diabéticos.
Por outro lado, devido à oxidação dos seus sais minerais com o ar, é fácil ficarem negras. Para o evitar, regue-as com sumo de limão ou introduza-as em água com salsa picada.
Como congelá-las
Quando há uma boa oferta de alcachofras, podemos aproveitar para as comprar a um bom preço e congelá-las. Para isso, devem-se prepará-las cozidas ou salteadas e, após arrefecer, guardá-las em bolsas de congelação. Desta forma, terá sempre à mão esta excelente verdura para confecionar saborosos arrozes e omeletas, para acrescentar a guisados ou para usar como acompanhamento de qualquer prato.
Alcachofras com cebola
Limpe e corte ao meio duas alcachofras. Descasque e corte às rodelas uma cebola, regada com azeite. Junte tudo, acrescente meio litro de caldo de verduras e coza durante 30 minutos. Tempere com sal e pimenta.
Por M.ª Josep Rosselló
Nutricionista, professora de nutrição e dietética
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