Na costa norte do Brasil em pleno Atlântico, Fernando de Noronha é um arquipélago vulcânico de 21 ilhas com clima tropical, um pedaço de terra bafejado pela sorte. Ao abrigo de leis proteccionistas apertadas e fiscalização rigorosa, a natureza respira naturalidade, paz e beleza, a ilha é um museu de história natural a céu aberto, e que Deus a conserve assim.
A vegetação nativa da mata atlântica é rasteira e a ilha principal não tem grandes elevações.
São as praias os tesouros deste baú de surpresas. As três mais belas praias do Brasil, segundo a classificação do guia quatro rodas, estão aqui: a Praia do Sancho, a Praia do Leão e a Baía dos Porcos.
A ilha tem ambientes para todos os gostos, selvagens e inóspitos, baías calmas, praias de dunas, de falésias, é um verdadeiro festival.
Roupa de banho e Buggy para lá chegar, é tudo quanto é necessário.
A ilha, casa de tubarões e golfinhos e de muitas outras espécies marítimas, é muito procurada para a prática do mergulho e do snorkling, e esta actividade é de resto muito gratificante: na Baía do Sudoeste, com apenas máscara e tubo, é possível observar vários exemplares de tartarugas marinhas gigantes, algumas espécies diferentes de tubarão, peixes variados, polvos, peixe balão…tudo isto a dois ou três metros de profundidade!
Os tubarões, devido ao equilíbrio alimentar deste ecossistema preservado, podem ser observados de perto sem perigo e sem medo de poder virar aperitivo!
Actualmente, observar a comunidade de golfinhos não é tarefa fácil, só pode ser feita à distância, em miradouros ou em barcos, que de resto estão absolutamente proibidos pelo Ibama de seguir estes mamíferos, ou seja só é possível vê-los, se algum grupo passar pelo barco. Existe hoje em dia uma super protecção aos golfinhos da ilha.

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O local é também um bom observatório de pássaros marinhos, abrigando as maiores colónias reprodutoras de aves do Atlântico sul.
Em terra, o enorme lagarto Teju Açu é o mais populoso habitante da ilha, uma praga que conquistou o seu lugar e é hoje um símbolo incontornável de Fernando de Noronha. Levado para ali para controlar a generosa população de camundongos, nunca atingiu o seu propósito, os lagartos vivem de dia e os ratos à noite!

Outro réptil que reina neste território é a curiosa mabuya, uma lagartixa calma e atrevida que sobe para todos os lugares, não raro, para dentro das bagagens! Algumas fazem turismo forçado nas malas dos visitantes de regresso a casa!
Teju Açu é o nome escolhido para o nome de uma pousada ecológica que se recomenda, rodeada por vegetação nativa da mata atlântica, foi construída com a mínima interferência no solo. Na sua construção foi usada madeira de reflorestamento. Ao todo são 12 bangalôs totalmente integrados na paisagem e com serviço de grande qualidade. Para os interessados há mais informações em www.pousadateju.com.br
As taxas (que não são assim tão acessíveis) de preservação ambiental, que se pagam logo no aeroporto à chegada à ilha, têm contribuído em alta escala para que este paraíso ainda possa ser chamado assim.
Que o Mundo ponha os olhos neste bom exemplo e que cada país preserve as suas maravilhas desta forma, é uma atitude construtiva e educativa onde todos ficam a ganhar. Parabéns Fernando de Noronha.

Texto de Fátima Baptista

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